segunda-feira, 22 de julho de 2013

Índices das histórias e algumas questões

Viva!

Para facilitar a leitura a quem aqui chega pela primeira vez, e porque os capítulos vão sendo exibidos na ordem contrária à que são lidos, decidi colocar um índice no artigo de introdução à história. Assim sendo, os links aqui do lado esquerdo sob o título "Histórias" remetem agora para a introdução de cada uma delas. Parece-me fazer mais sentido.

E quem "apenas" chegar *agora* (seja bem vindo!), pode ter acesso imediato ao início de cada uma delas. Cada link abre uma nova janela de forma a manter o índice sempre aberto, à mão! 

Vejo que algumas pessoas acompanham a leitura dos capítulos. Espero que estejam a gostar! ;)

Quanto à primeira história que aqui partilhei, In the Army, precisa a meu ver de ser reescrita, para que alguns pormenores sejam mais coerentes entre si. Quando tiver tempo para colocar a continuação no papel (leia-se pc), logo penso nisso.

No que refere à história que estou a partilhar no momento, Sob a Marca do Dragão, ainda está a ser escrita, pelo que todas as sugestões de melhoria são bem-vindas! Até porque de tempos a tempos, vou atrás e reescrevo alguma parte. Ainda tenho algumas reservas, por exemplo, quanto ao nome da Irmandade. Não está do meu agrado, mas ainda não encontrei melhor! Alguma sugestão?

Outra questão que levanto a mim própria é que, pelo facto de investir muito mais nos diálogos (externos e internos) do que na descrição do meio envolvente, e na ânsia de avançar até à interacção seguinte, acabo por deixar muitos detalhes para trás. Bem sei que todos temos gostos diferentes, também acerca da leitura que nos satisfaz, mas ainda assim pergunto: sentem muita falta de detalhe? Existem, na vossa opinião, passagens em que esta falta é mais notória? Ideias, sugestões? ;)

Como a próxima etapa da história é a da celebração do Samhuin, a escrita pode levar mais um pouco do que gostaria. Não só porque estou a terminar um outro projecto - entre os afazeres do dia-a-dia, mas também por ser um capítulo que exige descrições mais detalhadas.

Até ao próximo capítulo (ou aos vossos comentários)! ;)
Sofia


Sob a Marca do Dragão - Cap. 8 (parte 2 de 2)

- Nos tempos que correm temos de ser cuidadosos, mas estamos já nos preparativos para a Festa Ancestral. A tua participação é bem vinda.
- Pareceis preocupada com algo. – a voz de Rafael fez-se finalmente ouvir.
- Deveras? Hmm... Mas pareceis mais preocupado do que eu me sinto... Algo que gostarias de esclarecer?
Ele estava certo de ter protegido os seus pensamentos, mas ela parecia ter acesso a mais do que ele permitia.
- Sabendo o que aconteceu com o avô de Diana, será prudente ela participar das festividades? Logo no momento em que o Inverno chega e as trevas se instalam? Na noite em que o consorte da Deusa se torna o Senhor das Sombras e Rei da Morte? – pronto. Já não podia voltar atrás! Teria de assumir o seu receio.

Diana levantara-se, enfrentando-o.
- É mesmo verdade! Estás com medo que siga o caminho que pensas que meu avô seguiu!
- Que penso que ele seguiu?! E o que pensas que aconteceu?!
- Não faço ideia, mas custa-me acreditar que essa seja a verdade!
- Que verdade queres encontrar?
De súbito ele recordou as palavras de Selénia na sua mente: A verdade das diversas faces. Ele queria que ela encontrasse a verdade e ela queria encontrar algo diferente. Mas só poderia existir uma verdade!

- Quantas faces tem esta verdade? – perguntou a Selénia, enfrentando-a.
Ela parecia cerrar os dentes com força. Teria sido a pergunta? Aquele assunto? Ficou intrigado.
- Aquela em que acreditas, aquela em que Diana acredita, aquela que não queres ver, aquela que desconheces... Como vês, uma verdade pode ter muitas faces. – Selénia acabou por responder.
- Mas a verdade só pode ser uma!
- Qual? A tua?

Rafael estava irritado e sentia que lhe faltavam os argumentos.
- A verdade que deixou os nossos dragões em lados opostos! – acabou por responder.
- E essa verdade é de quem?
- É a verdade dos factos! É um facto que os nossos dragões querem a pele um com o outro!
- Deveras? Como pode ser se fazem parte da mesma energia, a mesma magia; a do Dragão. No final é um só.
- Mas está dividido em 6 dragões distintos, 6 formas distintas de magia!...
- Sim, mas de uma mesma família.
- Mesmo no centro da família podem existir guerras e conflitos!
- Causados pela cabeça de cada um, não pelo sangue. A magia, a energia do Dragão é como o sangue que une a família. Parte de algo maior! Imaginas o teu braço a atacar a tua perna?
- Seja! Mesmo que o conflito se tenha iniciado entre as pessoas, de alguma forma contaminou as energias que estes carregam. Por que outra razão o Dragão o alimentaria?!
- Não percebo o que dizes...
- É verdade, Selénia! Os dragões do sol e da lua reagem de forma pouco amistosa entre si!

Selénia olhou ambos e acabou por esboçar um sorriso que os deixou confusos.
- Têm a certeza que estão a interpretar devidamente os sinais?
Diana olhou Rafael. Lembrava perfeitamente aquele momento em que os seus dragões tinham lutado pela vida.
- Não vejo lugar para outra interpretação. – respondeu Diana.
- É verdade que as vossas energias precisam de se acertar, que os vossos dragões têm assuntos pendentes, mas mesmo com diferentes tarefas, o objectivo de ambos é comum!

Rafael achava que aquilo não fazia sentido, mas não queria revelar o seu destino mágico, não na presença de Diana! Procurou mudar o rumo à conversa.
- A minha questão é: será seguro Diana participar na celebração?

Selénia olhou-o de novo com tal seriedade que ele pensou tê-la irritado com a mudança de assunto. Ou seria aquele assunto que a incomodava? Observou-a atentamente, aguardando uma resposta.

- Receias que Diana encontre a sua sombra?
- Receio que esta reclame o controlo... – disse olhando Diana de raspão.
- O que te diz a tua intuiçâo sobre Diana?
Rafael não esperava aquela pergunta.
- ...que nada sabe da magia que carrega!...
- Isso é a tua cabeça a falar.
- ...que é confiável!
Selénia ficou em silêncio.

- Mas não sabe como controlar a magia do Dragão da Lua! Não sabemos como se poderá manifestar esta energia!
- Ouve a tua intuição! Procura a verdade além da verdade que conheces da tua família!
- Como podem ser diferentes?
- Não digo diferentes! Mas agora conheces Diana, podes saber mais do que eles...!
- E o que eles poderão não saber? – Rafael achava que Selénia parecia saber mais do que dizia.

- Não sei o que poderás descobrir, mas sinto que há mais a descobrir por ambos. – disse, como em resposta ao seu pensamento.